Selic superar os 15%, créditos com juros a partir de 2% ano, estrangulando a capacidade de investimento e até mesmo de manutenção das operações básicas.
A "virada de ciclo" pecuário, prometida para o ano de 2025, parece uma miragem distante demais para quem precisa de soluções imediatas. As expectativas de melhores condições climáticas e a possível recuperação do mercado não se projetam suficientes para reverter anos de prejuízos acumulados e compromissos vencidos.
Alta da Selic preocupa setores produtivos e impulsiona busca por crédito mais acessível
Economistas brasileiros alertam para a possibilidade de novos aumentos na taxa Selic nos próximos meses, pressionados pela persistência da inflação, a instabilidade fiscal e o cenário internacional de juros elevados. Apesar do tom cauteloso adotado pelo Banco Central, muitos analistas acreditam que a autoridade monetária pode ser forçada a endurecer a política monetária para conter a demanda e ancorar as expectativas inflacionárias, especialmente diante da alta do dólar e da crescente preocupação com a trajetória da dívida pública.
Caso o ciclo de alta da Selic se confirme, o impacto deverá ser significativo sobre o crédito, o consumo e o crescimento econômico em 2025. Setores como construção civil, varejo e agronegócio tendem a ser os mais afetados, já que o aumento no custo do dinheiro encarece o financiamento e reduz a capacidade de investimento das empresas e consumidores. O governo, por sua vez, enfrentaria maior pressão sobre os gastos com o serviço da dívida.
Mesmo com os riscos, parte dos economistas considera inevitável um novo aperto monetário, como forma de evitar que a inflação se descole de vez do centro da meta — cenário que já se mostra desafiador. A incerteza fiscal, no entanto, permanece como o principal fator de instabilidade para os juros futuros e as decisões de investimento.
Com a Selic em níveis elevados, o acesso ao crédito torna-se mais difícil e caro, sobretudo para pequenos e médios empreendedores, incluindo os produtores rurais. Financiamentos mais caros reduzem a margem para investimentos em tecnologia, expansão produtiva e custeio agrícola. Essa restrição no crédito pode desacelerar o crescimento e aumentar o endividamento, prejudicando setores estratégicos como o agronegócio, que depende fortemente de crédito acessível para manter sua competitividade.
Além disso, empresas de diversos segmentos enfrentam dificuldades para obter recursos a taxas viáveis. Isso afeta principalmente os pequenos negócios, que dependem de empréstimos para expandir operações ou modernizar suas estruturas. Em um cenário de juros elevados, muitos projetos são adiados ou cancelados, o que compromete o crescimento sustentável da economia.
Alternativas fora dos grandes bancos
Em meio a esse cenário desafiador, produtores rurais têm buscado alternativas de crédito fora dos grandes bancos. Uma dessas opções é a Crédito para Fazendas, uma iniciativa da SG Agronegócio — empresa com mais de 11 anos de experiência no mercado financeiro, sediada em Passo Fundo (RS), mas com atuação nacional.
As consultoras financeiras Gabriela Rodrigues e Tainara Casagrande, responsáveis pela operação, destacam que o primeiro passo é entender a real necessidade do cliente, além de analisar as garantias disponíveis, o faturamento e o cadastro do produtor. “Buscamos sempre as melhores taxas, com prazos e custos operacionais que se adequem ao perfil de cada cliente”, explica Tainara.
Ela ressalta que as garantias oferecidas e os prazos de pagamento são cruciais para alcançar as melhores condições de crédito. “Dependendo da linha de crédito, a própria terra pode servir de garantia em proporções que variam de 1×1 até 3×1. Por isso, é fundamental que o produtor traga informações claras já no primeiro contato”, acrescenta.
Depoimentos e resultados
Mateus Ferraz, produtor da Fazenda Santa Helena, em Água Limpa (GO), compartilhou sua experiência com a empresa. “Estava buscando crédito para adquirir uma área vizinha, mas meu banco não liberou. Encontrei a SG pela internet e vi que eram parceiros do MF Rural, o que me deu segurança. Consegui a liberação com uma taxa boa e prazo de 15 anos. Elas me auxiliaram em todas as etapas”, relatou.
A SG Agronegócio vem se consolidando como uma importante fornecedora de crédito para o setor agro. Em 2024, a empresa liberou mais de R$ 1,6 bilhão em recursos para o agronegócio em todo o Brasil, com operações que variam de R$ 150 mil a R$ 150 milhões.
FONTE: www.comprerural.com
Data: 14/06/2025
Autor: Joubert Jader da Costa


